domingo, 19 de fevereiro de 2012

Sobre a Europa da fraternidade e a própria Europa

Por um destes dias, pediram-me que escrevesse um texto (de que deixo aqui um trecho) que se subordinasse ao tema "Da Europa da fraternidade à Europa económica".
Como era uma encomenda envenenada, guardei-me para o fim-de-semana e, claro, dei comigo aterrado: desde quando é que pode dizer-se que a Europa foi, por um segundo que fosse, "fraterna"?
Não lembra ao diabo...
Mais interessante é a discussão sobre se a ideia (ou alguma ideia) de Europa verdadeiramente existe (ou existiu).
Também não me parece.
Mas resta a teoria que vê o Humanismo como o traço identitário da ideia de Europa.

Com efeito, volvidas as duas Grandes Guerras, poder-se-ia, porventura, considerar o Humanismo como o património comum a uma certa Europa e a base para a construção de uma ideia de “Europa”. Sobretudo graças às lições do século XX, a que Alain Finkielkraut – valendo-se da experiência da II Guerra Mundial – chamou o “século da desumanidade”.
Sucede que o Humanismo – o respeito pela indeclinável dignidade do Homem enquanto valor absoluto e autónomo – não pode ser reclamado por um único conjunto de nações e nunca poderá, por definição, ser o traço identitário delas (ou de um conjunto delas que aspirem a buscar nele a essência da sua diferenciação). Tudo porque o Humanismo não pode, pela sua natureza intrínseca, conhecer fronteiras: trata-se, com efeito, de uma doutrina que, tout court, absolutiza a dignidade do Homem. Logo, sempre terá que ser, forçosa e radicalmente, transversal, não sendo, pois, passível de que nenhuma nação ou pátria (ou um conjunto delas) se aproprie dele.
O respeito pela dignidade humana não tem espaço, não conhece fronteiras. Não tem género. E não tem pátria. Muito menos continente.

Bom resto de fim-de-semana.

Until the morning

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

"Salazar é a sua tia!"


Um dos preços que a democracia, sob pena da perda da sua identidades, tem que pagar - e bem sei que a discussão é antiga - é dar voz aos "inimigos da democracia". O BE - e Rosas, por arrasto - simboliza, na pureza dos conceitos, isso mesmo, a despeito da prosápia.
Desta vez, ao recordá-lo em tom (excessivamente) crispado, Santana acertou.
Mas este é o tom em que melhor navega.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Cow economics

SOCIALISMYou have 2 cows.
You give one to your neighbour.

COMMUNISM
You have 2 cows.
The State takes both and gives you some milk.

FASCISMYou have 2 cows.
The State takes both and sells you some milk.

NAZISMYou have 2 cows.
The State takes both and shoots you.

BUREAUCRATISMYou have 2 cows.
The State takes both, shoots one, milks the other, and then throws the milk away.

TRADITIONAL CAPITALISMYou have two cows.
You sell one and buy a bull.
Your herd multiplies, and the economy grows.
You sell them and retire on the income.

SURREALISM
You have two giraffes.
The government requires you to take harmonica lessons.

AN AMERICAN CORPORATION
You have two cows.
You sell one, and force the other to produce the milk of four cows.
Later, you hire a consultant to analyse why the cow has dropped dead.

A GREEK CORPORATION
You have two cows. You borrow lots of euros to build barns, milking sheds, hay stores, feed sheds, dairies, cold stores, abattoir, cheese unit and packing sheds. You still only have two cows.

A FRENCH CORPORATION
You have two cows.
You go on strike, organise a riot, and block the roads, because you
want three cows.

AN ITALIAN CORPORATIONYou have two cows, but you don't know where they are.
You decide to have lunch.

A SWISS CORPORATION
You have 5000 cows. None of them belong to you.
You charge the owners for storing them.

A CHINESE CORPORATIONYou have two cows.
You have 300 people milking them.
You claim that you have full employment, and high bovine productivity.
You arrest the newsman who reported the real situation.

A BRITISH CORPORATIONYou have two cows.
Both are mad.

AN IRAQI CORPORATIONEveryone thinks you have lots of cows.
You tell them that you have none.
No-one believes you, so they bomb the ** out of you and invade your country.
You still have no cows, but at least you are now a Democracy.

AN AUSTRALIAN CORPORATION
You have two cows.
Business seems pretty good.
You close the office and go for a few beers to celebrate.

A NEW ZEALAND CORPORATION
You have two cows.
The one on the left looks very attractive...

AM