segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Benfica: que laterais?

Há coisas que, por mais que se queira, não se conseguem compreender.
No Benfica, elas abundam.

Num meio-campo com Javi Garcia, Witsel, Matic, Carlos Martins e Aimar (para o miolo) e com Gaitan, Nolito, Enzo Perez, Bruno César (porque Jesus o usa aqui) e Djalo(l) nas faixas, decidiram reforçar.... o meio-campo, com as aquisições (para as tais faixas) de Ola John e Salvio.

Quanto a Ola John, veremos o que dá.
Quanto a Salvio, que por cá já se deu bem, não restam dúvidas de que a sua aquisição (ainda mais cara que a de Ola John) foi dispendiosa (no mínimo - e fazendo contas benevolentes: 11 milhões).

Não me esqueço que Salvio, se isso for necessário (recordo que, numa altura nevrálgica da época passada, tivemos 4 centrais lesionados...), pode actuar no centro do terreno (onde as soluções efectivas são Javi, Matic e Carlos Martins, já que não se pode pedir demais a Aimar).

Logo, tudo somado, preparamo-nos para iniciar a época (pressupondo que todos os acima citados se mantêm) com Maxi para lateral-direito (Maxi e só Maxi, porque o resto é conversa) e Melgarejo (ou Luisinho) para lateral-esquerdo.

Trata-se de um portento de planificação. E a demonstração cabal de que são retiradas lições valiosas das épocas anteriores.

Eu explico.

Não precisamos de ter no plantel uma alternativa minimamente decente para Maxi (uma daquelas que custaria sensivelmente 1/10 do que Ola John e Salvio custaram, se fizermos a soma: 18 milhões...). Maxi corre pouco e é muitíssimo jovem. Como não costuma jogar pela sua selecção, a sobrecarga de jogos não o costuma afectar. Acresce - e aqui está o toque de génio - que costuma ver poucos cartões amarelos, pelo que o risco de exclusão em várias partidas do campeonato e da Champions é meramente residual.
Portanto, assunto arrumado. Trata-se de um risco muito bem calculado.
Até porque o problema do ano passado não era sofrermos muitos golos.

E também não necessitamos de ter um único lateral-esquerdo de raíz no plantel.
A prova está também no que sucedeu o ano passado: lutámos pelo campeonato até ao fim (com fiscais do Proença à mistura...) e chegámos aos quartos-de-final da Champions (nos quais fomos eliminados pelo campeão da prova e com um árbitro chamado Skomina)... jogando, na maioria dos jogos, com um fulano chamado Emerson a lateral-esquerdo, que, entretanto, descobrimos (justamente ao defrontarmos o Chelsea) que era, afinal, central (e, por isso, dispensámo-lo, sem mais, esta época).
Ora, se o tal fulano era medíocre (pelos vistos, nem era lateral...), para quê gastar inutilmente dinheiro a preencher uma posição onde, pura e simplesmente, se provou que não precisamos de jogador nenhum?

Claro que para calar os que não percebem nada de bola (e não aprendem com o que já se passou), continua a ser aconselhável comprar, desde que muito baratinho, um jovem quase desconhecido para, só supostamente (e apenas em teoria), ocupar a lateral esquerda.
Se a "gestão Vieira" continuar com os laivos de genialidade que a têm caracterizado, estou certo que teremos, até ao fim do mês, um craque deste estilo a chegar à Luz.


Sorte a nossa.





quinta-feira, 2 de agosto de 2012

He's the man

Pais do Amaral é administrador de 73 empresas.
Confesso que me sinto confuso.