quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Isabel Moreira sobre Luaty Beirão


Acabei de ver o vídeo da intervenção parlamentar de Isabel Moreira acerca de Luaty Beirão.
São 7h43 da manhã aqui (noutro continente) e, por isso, não é propriamente um horário propício para exaltações em mim.
Mas há coisas que, de facto, não se prestam a horários.
Não concordo com tudo o que disse Isabel Moreira, nem seria natural ou relevante que concordasse. Não conheço Isabel Moreira, nem ela me conhece a mim.
Mas assim que acabado de ver o vídeo, tive vontade de lhe escrever a ela, ou de escrever aqui.
Era mais fácil escrever aqui.
Só não era avisado fazê-lo por causa de outras coisas que defende e com as quais não concordo. E por causa de uma certa impostação das coisas que é habitual vê-la usar na defesa de causas que - sem medo das palavras - acho muitas vezes tolice. Não propriamente todas as causas, mas a maneira como defende muitas delas.
Era, portanto, mais fácil não escrever coisa alguma. Mas não.
Porque isso seria esquecer o fundamental: Luaty Beirão. E porque isso, ao arrepio daquilo em que sempre acreditei, significaria esquecer um exemplo do que me faz sentir melhor: sem cor, ou partido; sem comprometimentos, cumplicidades convenientes, ou temor por qualquer espécie de crítica ou inimizade. Chama-se liberdade.
E se foi Isabel Moreira que me fez recordar disso, pouco me importa de que partido é, ou de que continente ideológico provém. É Luaty que importa e, desta vez, foi ela a dar-lhe voz. Tanto melhor - porque o fez bem.