quinta-feira, 31 de janeiro de 2013


"When I was a young man
I had liberty,
but I did not see it.
I had time,
but I did not know it.
And I had love,
but I did not feel it".

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A mais louca corrida do mundo

É o TT (Tourist Trophy) da ilha de Mann.
Corre-se todos os anos, desde princípios do século passado. Morrem, em média, 1-2 pilotos por ano.
Não é em pista: há casas em redor, penhascos, árvores e a estrada percorrida (60 km) é a de todos os dias. A velocidades que chegam a ultrapasssar os 300Km/h.
Só visto.


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Porque é que o Benfica não ganha ao Porto?

«A pergunta também vale ao contrário: porque é que o FC Porto dificilmente perde com o Benfica, mesmo na Luz? Há três tipos de respostas possíveis: de circunstância, subjetivas e concretas. Só acredito nestas e começo com uma nota prévia: em quatro anos no Benfica, Jesus ganhou algumas vezes ao FC Porto mas não ganhou tantas quanto parecia provável, nem sequer quando parecia por cima em termos de rendimento, opções disponíveis e motivação. Como agora. E só ganhou uma vez no Dragão, para a Taça, perdendo três vezes na Luz.

As causas de circunstâncias são as que se referem às arbitragens, a uma ausência, a erros ou grandes exibições individuais. Proença, Hulk, Roberto, Emerson ou Artur explicam um jogo, não uma tendência. As subjetivas são as que se refugiam nos chavões, tão difíceis de confirmar como de desmentir, de um bloqueio anímico ante o rival, de menor maturidade competitiva, blá-blá-blá. Tretas.

Chegamos ao essencial: a forma de jogar do que chamei "gémeos falsos", candidatos com idêntico rendimento pontual mas identidades marcadamente distintas. Onde o Benfica é emoção, o FC Porto é razão, que se o Benfica faz de cada posse de bola um ataque, o FC Porto quase faz de cada ataque uma posse de bola. O Benfica só se sente confortável quando domina, o FC Porto sente-se sempre cómodo quando controla, mesmo não dominando.
Nestes jogos, o FC Porto é mais igual a si próprio, que o seu modelo não é tão arrasador contra equipas mais pequenas mas, pelo equilíbrio, adapta-se facilmente a jogos de maior exigência. O Benfica sai da zona de conforto quando não tem a iniciativa permanente e os jogadores acusam a mudança de chip se lhes pede que reparem na cara do adversário, para "marcar" Xavi ou Messi, Moutinho ou Lucho, habituados que estão a ignorar anónimos do Moreirense ou do Olhanense. Em suma, o FC Porto mantém o modelo, os princípios de jogo, mesmo quando altera o sistema, enquanto o Benfica mantém o sistema mas acaba, forçado ou deliberado, a jogar segundo princípios diferentes».
 
Carlos Daniel - DN

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Ficção científica

Segundo noticia hoje o jornal Record (ver a notícia neste link), o Sporting (sim, o Sporting Clube de Portugal) foi considerado, pela IFFHS, o melhor clube português de futebol em 2012.
Bestial!
 
 

Janela indiscreta

Quem quiser ver, com os seus próprios olhos, o relatório do FMI, pode fazer o download aqui.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Factos

 
"A menos que Cristo desça à Terra para miraculosamente estender a mão a Cristiano Ronaldo, na próxima segunda-feira, dia 7 de janeiro, Lionel Messi receberá, pela quarta vez consecutiva, a Bola de Ouro, o troféu que distingue o melhor jogador de futebol do Planeta. No momento em que for anunciado o nome do argentino, o português, impecavelmente vestido de negro, com dois brilhantes nas orelhas e três litros de gel no cabelo, olhará envergonhadamente para o chão e, depois de contar até 10 para não chorar como uma criança, encarará a audiência e esboçará um sorriso tão genuíno como umas Levi’s compradas na Feira do Relógio. Naquele segundo assassino, o Mundo identificará a agonia de alguém que há muito se encontra em estado de negação. Na cabeça de Ronaldo, Messi não é melhor do que ele. Não é mais rico do que ele. Não é mais bonito do que ele. Não. Não. Não.

Vamos aos números: em 2012, Messi marcou 91 golos em 68 jogos. Foi o melhor marcador do campeonato espanhol, com 50 golos, e venceu a Supertaça Europeia de clubes e o Mundial de clubes. Já durante esta temporada, marcou 26 golos em apenas 17 jornadas da Liga. E terminou o ano com 25 golos em jogos internacionais, igualando o recorde de Vivian Woodward, que durava há mais de 100 anos.

Agora Ronaldo: marcou 46 golos na Liga e um total de 63 (menos 28 do que Messi) em todas as competições, novos máximos na sua carreira. Para além disso, foi campeão pelo Real Madrid, num ano em que a equipa bateu todos os recordes da história do clube. E foi semi-finalista do Europeu de futebol. Esta temporada, as coisas estão-lhe a correr menos bem: o Real Madrid está a fazer um campeonato desastroso e Ronaldo – um génio do futebol cujo maior azar foi coincidir com um jogador único e irrepetível - já leva 12 golos a menos que Messi.

A distância numérica entre Messi e Ronaldo é óbvia. Mas o futebol é muito mais do que estatística - é talento, genialidade, improviso e simplicidade. E também aqui Messi volta a vencer folgadamente. Mas o que é uma evidência para quase todos os que gostam de futebol, não o é para Ronaldo. Nem pode ser, porque é desse atrito que ele se alimenta. No filme “Clube de Combate”, de David Fincher, a dada altura o personagem Tyler Durden, desempenhado por Brad Pitt, afirma que não nos podemos conhecer a nós mesmos sem que antes participemos num combate duro. Talvez seja isso que verdadeiramente está em curso para o jogador português: um processo de profunda descoberta, travestido de uma disputa fratricida carregada de ambição, obsessão e raiva. Sim, Ronaldo vai perder este combate. Mas, paradoxalmente, será o facto de o ter disputado que lhe dará o direito a figurar entre o lote dos melhores jogadores da história do futebol".
 
Fernando Esteves - Record