Por causa deste post em Malomil (link), voltei a Fischer-Spassky, o maior jogo de xadrez de todos os tempos, (também) por não ter sido apenas um jogo de xadrez, como se vê magnificamente aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=jQPL7gZGoT4
Não creio, porém (e refiro-me ao post do Malomil), que Spassky seja (ou alguma vez tenha sido) um homem "normal": quando, no final do 6.º jogo contra Fischer, Spassky aplaude Fischer, mostra não o seu amor pelo xadrez, mas que, já na altura, travava uma batalha mortal com uma certa "normalidade", que entendia ter que se concretizar numa fleuma aflitiva.
Isso vê-se bem aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=YAyurhYHP6o
Talvez - já tão velho como Spassky - seja Korchnoy (que, lá está, nunca chegou a campeão do mundo) a melhor personificação de uma certa "normalidade" do génio, obviamente temperada por um inevitável cinismo conformado:
https://www.youtube.com/watch?v=z3k8o4B-tJI
E, claro, há Kasparov - o mestre do "equilíbrio vencedor". Deve ser a parte que me fascina menos - à excepção do "instinto" (que nunca esquece) - mas é certamente a que mais lhe rende.
https://www.youtube.com/watch?v=egAgvLgk848
Haja vontade.