Vi hoje que o Senhor Presidente da República dirigiu uma mensagem aos portugueses na qual se referia à circunstância de vivermos em tempos de "incerteza".
Se percebi bem (e confesso que não prestei excessiva atenção porque me lembrei logo do que vem a seguir), a essa "incerteza" era dada conotação nefasta.
Por mais que queira concordar, não consigo.
Mas há algum tempo que seja de certezas absolutas?
Se percebi bem (e confesso que não prestei excessiva atenção porque me lembrei logo do que vem a seguir), a essa "incerteza" era dada conotação nefasta.
Por mais que queira concordar, não consigo.
Mas há algum tempo que seja de certezas absolutas?
A incerteza é, de resto, um desafio que nos torna... humanos.
Em "a vida imita o xadrez" (um livro fabuloso), Kasparov referia-se à incerteza (à dúvida) como a maior das tensões criativas e, numa imagem sugestiva, ilustrava-a como o que acontece quando em qualquer teste de "multiple choice" é acrescentada a hipótese de resposta "nenhuma das anteriores".
Em "a vida imita o xadrez" (um livro fabuloso), Kasparov referia-se à incerteza (à dúvida) como a maior das tensões criativas e, numa imagem sugestiva, ilustrava-a como o que acontece quando em qualquer teste de "multiple choice" é acrescentada a hipótese de resposta "nenhuma das anteriores".
Depois de ter ouvido Cavaco Silva dizer o que disse, fiquei, portanto, com a certeza absoluta de que grandes tempos - maus ou bons - se avizinham.
De incerteza, pois claro.
Ainda bem.
De incerteza, pois claro.
Ainda bem.