quinta-feira, 7 de abril de 2016

O DOUTOR BOLA



Rui Santos é o protótipo dos males que dilaceram este país.
É simples de evidenciar.

Não se compreende como é que um imbecil que mal sabe a regra do fora de jogo (como demonstrou no outro dia, quando acusou um jogador de estar em posição irregular depois de ter recebido um passe de um colega... para trás) dispõe, há uma década, de um programa semanal de opinião "futebolística" no qual disserta sozinho, sem contraditório.
O mau gosto na apresentação - e no aspecto - nem carecem de ser salientados: parece um playboy rural de metro e meio. Mas isso é, de facto, o menos.
O topete deste cretino ao dizer que é independente e sem clube (como se ter clube tivesse algum mal, conquanto esclarecidos todos para que possam julgar da sua opinião) colide com uma entrevista de há anos em que se assumiu como sportinguista. Mas não acho que seja verdade: este quadrúpede não é sportinguista - é brunildo-jesuítico, como fica à vista nos seus "comentários" recentes, sempre feitos a coberto de uma suposta "independência".
Crer, nem que seja por um segundo, no que reivindica para si Rui Santos - uma pretensa independência e objectividade - significa enterrar a cabeça na areia.
Rui Santos tenta falar bem e com palavras caras, num exercício de mediocridade atroz. Sempre respeitei quem tem uma linguagem simples e mesmo eivada de incorrecções. Desde que as ideias tenham um mínimo de honestidade, claro.
Não é esse o caso de Rui Santos, que pretende ser uma espécie de Dr. Bola, vomitando palavras cujo significado desconhece: alguém lhe explique, por favor, que ao contrário do que pretende dizer quando fala em "pressão supletiva" (como já várias vezes fez, sem que nenhum dos ignorantes que por vezes o circundam tenha sabido corrigi-lo), o que quer falar é em pressão suplementar (ou adicional).

Supletiva - ou seja, que nem precisa de ser mencionada - é a burrice deste prócere do futebol que temos.
Costuma criticar quem lhe convém - por vezes de forma infame - porque sabe que não tem contraditório.
Mas é um palerma sem verdadeira culpa. A culpa está em quem lhe dá o palco para se travestir de Dr. Bola.
Já chega.
É um insulto exibir em horário nobre os piores defeitos de que, por vezes, padecemos. Tudo porque, neste homem, esses defeitos são perenes.

E, note-se, não é uma questão de se ser do Benfica, do Porto ou do Sporting. É uma questão de decência.