segunda-feira, 4 de julho de 2011

Economia de guerra: de olhos nos olhos mas sem te ver


Há vários anos que digo (com testemunhas de sobra) que a provação da minha geração, depois de três décadas de relativa abundância (historicamente aferida) e de causas e guerras por travar (sempre sem baixas), será a do terror económico. Uma guerra suja e surda, porque sem inimigo visível. Pouco convencional, portanto (e, assim, no aspecto militar, mais parecida com as guerras de guerrilha - as mais difíceis de vencer: Vietname, Argélia, Birmânia, etc.).
Num conflito assim sabemos que não dependemos só de nós, o que agudiza o grau de incerteza e, logo, o pavor de quem combate. O default grego é, no caso, a garantia do caos e de uma agonia certa.

O modelo que proponho para as refregas que se seguem é decalcado de uma guerra convencional, mas que albergou batalhas que não são catalogáveis nos estereótipos da estratégia militar.
O que vos proponho é Estalinegrado.


Uma batalha casa a casa, sob cerco, sem retiradas, sem quartel. De parte a parte. Para lá do limite do racional.

Como se atrás de nós só houvesse o Volga.
Sem pensar porquê.