Não sei como começar este texto, nem por que motivo ele se deixou começar. E tenho receio de o ultrajar na voragem dos dias e na sede de mil talentos que sempre persegui.
Felizmente não tem nenhuma razão de ser. Nem nenhum propósito – daqueles ocultos ou interessados. É dessa força – pura e escassa – de que ele se anima, como um berro que (sem sabermos porquê), às vezes, se nos solta.
Serve apenas para festejar uma lágrima. Daquelas que não sei porque verto – mas que, egoisticamente, jorra só. E feliz.
Queria apenas celebrar a nossa amizade. Com a simplicidade que uma coisa tão sublime reclama.
No que fica para lá das pequenas cumplicidades.
Estar-te grato – tão grato – pelo privilégio de me poder dizer teu amigo. E de poder regozijar-me com isso. Com legítimo e genuíno prazer.
Porque não?
É tão raro poder dizê-lo que, no exercício de uma liberdade bizarra – e sem rodeios – apeteceu-me gritá-lo, para que dessa alegria pudesses beber também. Sem medos e cheio de orgulho: obrigado!
HDF
Domingo, em 10 de Abril de 2011.