quinta-feira, 7 de julho de 2011

Minha cara: com os homens passa-se a mesmíssima coisa


"É verdadeiramente cruel e inqualificável a forma como as mulheres entre si tanto se invejam. [...].
Não podemos generalizar, mas não deixa de ser um mal quase comum no sexo feminino. Felizmente, não sou invejosa. Nunca o fui e nem sei bem porque há tantas mulheres a sofrerem desse mal.
Descomplicando: a inveja é fruto da incapacidade de ter sucesso na vida ou de não se sentir bem consigo própria. Normalmente as mulheres que se julgam mais inteligentes, mais cultas e superiores às outras, são as mais invejosas.
A presunção e a necessidade de afirmação pessoal é o resultado mais óbvio da falta de capacidade intelectual. Eu diria mesmo que a inveja e essa presunção é um sinónimo de burrice clara.
Uma mulher inteligente, jamais se compara ou faz apreciações negativas ou intrigas de forma a denegrir a imagem da outra mulher. Sobretudo quando faz afirmações sem estar certa do que diz. Mais, ela jamais demonstra à outra que é superior, rebaixando-a. Isso é um sinal claro de inferioridade.
Nem todas as mulheres têm o privilégio de se poderem sentir bem com elas próprias, por vários motivos. Contudo, deviam olhar mais por si e fazerem mais pela sua felicidade.
Se as mulheres invejosas tivessem presente que essa atitude - tão óbvia para todos, menos para elas próprias -, só contribui para aumentar o ego das pessoas invejadas, ajudando-as ainda mais a construir os seus castelos, provavelmente deixariam logo de tentar convencer tudo e todos da sua superioridade.
Não há nada que nos faça sentir melhor do que fazer elogios merecidos ou, por outro lado, termos a capacidade de nos conter e dar a mão a quem tropeçou ou se tornou ridículo. Mas vá lá alguém convencer determinadas mulheres disto".

Ana Areal, A vida de saltos altos, 5 de Julho de 2011