Está à vista de todos que, entre nós, os pequenos partidos (ditos) "alternativos" correspondem a uma tralha infinda.
A retórica de que "está na altura" de emergirem partidos "novos" esbarra na incontornável mediocridade do que se nos apresenta: Partido do Atlântico (ou qualquer coisa do género - capitaneado pelo indivíduo que, há uns anos, queria esbofetear o Dias Ferreira, em directo, num programa de comentário desportivo da RTP); o inefável MEP (muito queque, muito puro); o arqueológico MRPP (que nunca recuperou da perda do camarada Arnaldo Matos); ou o patético PNR (sem comentários...).
Não há volta a dar-lhe: os pequenos agrupamentos políticos sem representação parlamentar (já agora, felizmente!) são o espelho de uma sociedade civil que os merece e que a mais não pode almejar, resvalando entre a indigência ideológica, o vácuo de competências e o golpismo descarado (relembre-se o PSN "dos reformados", que Manuel Sérgio ludibriou).
Bom exemplo disto é, nos tempos de antena televisivos desta campanha eleitoral, o que nos serve o PARTIDO TRABALHISTA PORTUGUÊS. Para lá de umas quantas imagens polvilhadas por gatos-pingados de bandeira em punho (todos com aspecto duvidoso e ar lombrosiano), o prato forte é servido quando um dos sequazes, com ar verdadeiramente bovino (o homem que me perdoe), anuncia, em grande plano (a mensagem no rodapé não permite dúvidas), o "PERDÃO DAS DÍVIDAS POR CRÉDITOS AO CONSUMO". Lapidar! E esclarecedor: para estes senhores, quem não adquiriu bens de consumo porque sabia que não os podia pagar, deve agora assistir, impávido, ao perdão daqueles que, não raras vezes, se lançaram desenfreadamente nas compras de Domingo (em centros comerciais atulhados, claro, e de gelado na mão!) - carros, televisores "high tech", telemóveis "último grito", etc.
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