segunda-feira, 20 de junho de 2011

O chumbo de Nobre

Nobre acaba de "não passar" no plenário e, honrosamente, recusou-se a ver o seu nome submetido a uma terceira votação.
É, com todas as letras, o primeiro revés político de Passos Coelho. Não vale a pena aribuir-lhe outro epíteto.
Um desaire que é ridículo: no estado em que está o país, é incompreensível que o Parlamento, numa questão que reveste significado meramente simbólico e burocrático, tenha logo tratado de enfraquecer politicamente quem tem pela frente tão espinhosa missão.
Pior. O desaire é ridículo e, sobretudo, desnecessário: foi Pedro Passos Coelho quem deu azo a este seu primeiro revés, ao ter-lhe ocorrido a aritmética brilhante de ir buscar Fernando Nobre - não era preciso, nem rendeu votos.
Mas a mensagem mais forte que fica a ecoar é a que Portas fez questão de deixar: os votos dos deputados do CDS serão sempre necessários para que o PSD de Passos sobreviva nos próximos quatro anos.
O poder também está no Caldas. E Portas quis mostrar que está disso ciente.